Tese- A DINÂMICA GEOECONÔMICA DO COOPERATIVISMO AGROPECUÁRIO DO SUL DO BRASIL
UFSC – 2015
Autor: Fernando Rodrigo Farias
A presente tese analisa os principais fatores do dinamismo geoeconômico responsáveis pelo desenvolvimento das principais cooperativas agropecuárias do Sul do Brasil, enfocando seus movimentos recentes de desenvolvimento econômico e espacialização territorial de seu capital, perpassando principalmente as décadas de 1980 – 1990 – 2000, levando em consideração as diferentes características e perfil de instituição produzido no tempo e no espaço.
Durante o desenvolvimento desta pesquisa buscou-se identificar a relação das cooperativas agropecuárias com as oscilações da economia brasileira, quais foram as principais políticas estratégicas adotadas pelo Estado em relação ao cooperativismo agropecuário. Identificar o atrelamento das cooperativas agropecuárias ao processo de financeirização assim como os principais movimentos e estratégias de transformação dessas cooperativas nos atuais grandes complexos agroindustriais cooperativos com crescente participação no mercado nacional e
internacional.
Teve como objetivo o de produzir análise de caso de algumas das principais cooperativas agropecuárias do Sul do Brasil, levando em consideração seus principais fatores estratégicos e de desenvolvimento. Identificar as principais razões para o fato de se ter produzido diferentes resultados no cooperativismo agropecuário dos estados da região Sul.
A hipótese central desta pesquisa é que o cooperativismo agropecuário do Sul do Brasil, a partir da década de 1980, passou a apresentar uma nova dinâmica, dada a situação de crise econômica vivida pelo país. Seu desenvolvimento foi alavancado pelo processo de intensificação da financeirização e mercantilização da agricultura no mercado globalizado. O cooperativismo agropecuário passou a apresentar uma nova dinâmica de desenvolvimento em função de que, a partir da década de 1980, ter sido forçado a implantar projetos de reestruturações em virtude da crise.
A alteração quase que instantânea do modelo de cooperativismo adaptando-se a novas perspectivas do mercado globalizado alterou o dinamismo econômico do cooperativismo agropecuário do Sul do Brasil substituindo, no decorrer destas décadas, o centro dinâmico do setor. Nesse sentido o fato de a região Sul possuir um cooperativismo agropecuário com distinções, se dá pelo fato de ter havido um perfil diferente de formação socioespacial.
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